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04/10/2022

Acessibilidade virtual na Black Friday

 

Postagem do dia 06 de novembro de 2019, no antigo Blog Vollenz

 

Todo ano, quando se aproxima a Black Friday, as lojas virtuais procuram se preparar para a demanda esperada. Em geral, isso significa adequar a infraestrutura de tecnologia para que não haja falhas na experiência de compra.


Um levantamento feito pelo Movimento Web para Todos, em parceria com a BigData Corp, mostrou que, dos 14 milhões de sites ativos no Brasil, menos de 1% passou nos testes de acessibilidade para pessoas com deficiência. Quando se fala dos sites governamentais das três esferas (federal, estadual e municipal), o percentual cai para 0,34%.


Os dados mostram também que 93,7% dos sites brasileiros falhou em algum dos testes realizados, e 99,39% apresentaram pelo menos uma falha. Em 52,38% dos sites, houve problemas de formulários e 83,56% falhas de links. E 5,6% dos sites ativos (que tenham sido atualizados em até três meses atrás) falharam em todos os testes aos quais foram submetidos.


Segundo o presidente da BigData Corp, Thoran Rodrigues, os testes avaliaram vários elementos das páginas para verificar barreiras de navegação enfrentadas pelas pessoas com deficiência, além das questões técnicas. "Não é que um site que falhou em um teste será impossível para uma pessoa com deficiência, mas a experiência na navegação deixará a desejar”, disse.


A idealizadora do Movimento Web para Todos, Simone Freire, destacou que o estudo revela o que o mundo digital é totalmente excludente para pessoas com algum tipo de deficiência, população que chega a 45 milhões de pessoas no Brasil. “Independentemente da deficiência que eles têm, o mundo digital precisa estar preparado para esse tipo de navegação. A acessibilidade significa eliminar as barreiras de navegação para todos, não só para as pessoas com deficiência”.


Simone lembrou que a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, sancionada em julho de 2015 e em vigência desde janeiro de 2016, obriga organizações com representação no país a ter suas páginas na web acessíveis para pessoas com deficiência. “Além do empoderamento e da empatia, falta conhecimento sobre essa lei e saber que esse acesso contribui para a ampliação do mercado. A acessibilidade melhora a experiência para todos, traz propósito, e não é difícil de fazer”. 


Características importantes para a acessibilidade:

  • A acessibilidade de um site começa no desenvolvimento do código. Isso porque as tecnologias assistivas têm de ser implementadas adequadamente para que funcionem na página. “Algumas PCDs precisam navegar pelas setas do teclado, pois não conseguem usar o mouse, por exemplo”, lembra Simone. “É preciso, então, que a página permita isso.”
  • O desenho do site também deve considerar as necessidades das PCDs. É preciso que haja contraste de cores, que seja possível mudar o tamanho da fonte e que a exibição do texto seja adequada.
  • Quando o assunto é conteúdo, é fundamental que haja descrição nas imagens para que deficientes visuais saibam do que se trata. Em um site de e-commerce, isso inviabiliza a compra, já que o consumidor não sabe o que é o produto.
  • Outro aspecto importante, especialmente em texto, é evitar metáforas. Há hoje no país cerca de 10 milhões de cidadãos com algum tipo de deficiência auditiva e se comunicam pela linguagem brasileira de sinais (libras). Os sistemas que fazem a interpretação de texto em libras são prejudicados quando há muitas metáforas ou textos escritos em ordem invertida.
  • Felizmente, em sites novos é bastante comum que o código seja desenvolvido de forma adequada. “Isso porque as regras de otimização, que permitem que o site ganhe mais relevância, já incluem esses parâmetros”, completa Simone.